sábado, 16 de outubro de 2010

Apenas 25...

Como havia dito, eu queria ficar em Praga, mas precisava entender como seria o lance de abrir uma empresa lá e quais os riscos que teria.  Dependendo da situação, até uma quitanda de feira eu registraria como empresa, não tava nem aí. Haha. Zoeira. Eu tinha algo em mente, mas primeiro tinha que ir a embaixada brasileira para ver como as coisas funcionavam. Antes de tudo eu precisaria mudar a data da passagem de volta ao Brasil. Eu só teria mais três dias lá e certamente não seria o suficiente para ir à Polônia e resolver lance de empresa e visto.

Liguei para a empresa aérea e tive a agradável notícia que teria de pagar 130 Euros pela diferença de preço da passagem. Não tinha muita escolha, coloquei a ida para dia 21 de março, paguei a bomba e fui à embaixada tentar resolver minha vida.

Dessa vez eu sabia onde ficava não iria me perder de novo. Entrei no prédio, muito charmoso por sinal, passei pelo tapete vermelho e encontrei um portão. Interfonei e fui atendido em seguida. Uma senhora tcheca abriu a porta. Deveria ser brasileira ao menos, mas como conhecemos os nossos dirigentes, certamente mulher de algum amigo ou até mesmo do povo que lá trabalha.

Fui bem atendido, ela me pediu que esperasse um pouco, ofereceu bebidas e tudo mais, me senti o importante lá. A minha visita já era esperada e o tópico da conversa com o cônsul também já tinha sido informado. Após 10min de espera fui atendido. Eu não estava muito bem vestido para a ocasião, mas usava terno por baixo da jaqueta. Não queria ser tratado como mais um brasileiro que deseja ficar lavando louça em restaurante. O cônsul então me cumprimentou e pediu que me acomodasse para que começássemos a conversa.

- Então Sr. Belino, o senhor sabe que para abrir uma empresa aqui não é tão difícil quanto parece. O senhor precisará apenas de capital disponível.  – falou o cônsul.

Foi aí que começou a conversa sobre dinheiro. Eram poucos impostos a pagar na Rep. Tcheca, mas eu teria que tributar inicialmente no Brasil também, coisa de doido. O pior é que o sonho pareceu impossível quando ele falou algo sobre a abertura da empresa. Para iniciar eu teria que “dar” ao governo tcheco 25 mil reais para garantir que a empresa não era uma farsa e eu decretasse falência imediatamente. Eles tomavam como garantia essa quantia e assim também evitavam que imigrantes indesejáveis viessem ao país abrindo qualquer lojinha de esquina.

Vinte e cinco mil reais não estavam ao meu alcance não. Deixei até de ouvir o procedimento e comecei a pensar nesse dinheiro. Se eu desse esses vinte e cinco mil ao governo com o que abriria a empresa? Quinhentos reais?! Era impossível aquilo. Mas não tinha outra alternativa, era isso ou nada. Preferi o nada e chutei o balde. Iria curtir minhas férias e pronto. Não iria ficar pensando em porcaria de imigração não, chega! Quando voltasse ao Brasil continuaria com meus planos para o Canadá e no fim de 2010, se me esforçasse, talvez fosse possível a mudança.

Agradeci ao cônsul pelas informações e saí da embaixada um pouco cabisbaixo com tudo que foi dito lá. De qualquer forma não era de todo mal. Eu ainda tinha um trocado no bolso e poderia visitar outros países. Aproveitei que estava próximo ao centro e segui para a estação de trem, era hora de comprar as passagens para Polônia.

Eu tinha uns negócios para resolver lá também referente ao jogador de futebol. A minha ida estava certa, mas antes de vir para a Europa à reunião havia sido cancelada devido ao período e a falta de capital dos times polacos. Como eu havia prometido a garota que havia conhecido na internet que iria para a cidade dela para conhecê-la não tinha porque não ir visitá-la. Na verdade ela havia ligado anteriormente perguntando se eu gostaria de passar o Ano Novo na Polônia com ela e os amigos, mas como eu havia combinado com a Chun Li não dava, além disso, eu teria que ir a Áustria e de Praga a viagem seria mais curta.

Entrei na estação e procurei o guichê de informações. Fui indicado a ir a uma pequena agência do lado esquerdo da estação. Graças a Deus falavam inglês se não a coisa ia dar trabalho. Comprei passagens para Łódź(lê-se Udi) na Polônia para o dia 9 de janeiro a noite, assim teria tempo para me preparar. A viagem duraria 9 horas e eu teria uma parada para troca de trem na cidade de Katowice também na Polônia. As passagens eram válidas por um mês. Então se eu quisesse ficar mais tempo por lá não teria problema. Custo: 79 Euros ida e volta.

Segui para casa, liguei para a garota da internet e pedi a ela que arrumasse um lugar para que eu ficasse hospedado. Tudo já estava combinado, era só embarcar. Você agora deve estar se perguntando: Quem é essa bendita garota? Bem, isso fica para o próximo post.

BR Na Europa!




5 comentários:

  1. daqui a pouco sua vida vira um filme, so falta os tiros e salvar o mundo

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  2. 25k de "calção" é sacanagem já =P

    Go go, aproveitar a viagem e zuar pra caralho!

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  3. só não teve tiro pq esse preto frouxo fugiu... era pra te ido lá e salvado a guriazinha! huehauehauheouiahe

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  4. @unti É melhor ser preto frouxo do qu ser preto violado... uehuehuehe

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  5. Belino, vou te ser sincero estou a gostar demais das tuas aventuras aqui pela europa espero é que no fim corra tudo bem. E vou te ser sinvero estás a fzer uma coisa que nunca tive possibilidade e coragem de fazer assim uma aventura. E esta tua dava mesmo para fazer um livro coisa a penssar seriamente.
    Continua por enquanto a postar aqui para gente de graça. Xau.

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