Antes de começar o post gostaria de pedir desculpas pelo tempo que levei para atualizar o blog. A verdade é que arrumei um emprego e ainda tenho projetos pessoais em andamento. Então desculpa galera. Vamos ao post:
A minha micro-mala já estava toda amassada devido a minha nova pesagem adquirida com batatas. A espera se estendia e eu ficava lá no frio com minha cara de paisagem. Bem, não estava lá tão frio, faziam 2 ou 3 graus positivos, e isso dava para tirar de letra. O ruim era esperar. Eu odeio esperar.
Por sorte não demorou muito, em cerca de meia hora avistei de longe meu primo e sua esposa. Abraços daqui, saudações, uma conversinha e seguimos para pegar o trem. Andamos rápido para a estação. O trem estava esperando para zarpar, corremos e entramos. Primeira impressão, perfeita.
O trem era limpo e novo, diferente dos trens polacos e tchecos. Agora realmente parecia que estava na Europa. Enquanto conversávamos uma cantoria deu-se início.
- É o time joga hoje. – Falou meu primo.
- Mas o povo já está enchendo a cara às 11 da matina?
- Normal, pai. Esse povo é assim. O time o Köln não ganha um jogo, mas é só um motivo pra encher a cara.
Ao menos a estação onde deceríamos não era longe. Coisa de dez minutinhos e poderíamos descer. A cantoria torrava a paciencia, mas o pior é que eu não estava tão nervoso pela cantoria. Estava nervoso por ser sábado pela manhã, os sacanas já estavam bêbados, e eu ainda não tinha tomado nem uma birita.
Descemos do trem e seguimos para casa, eu precisava comer alguma coisa. Larguei os bagulhos no quarto que arrumaram para mim e comi um sanduíche. Não tomei um banho, não tirei um cochilo, não troquei de roupa.
- Vamos para rua. Meu irmão está nos esperando. – disse meu primo.
- Beleza, é bom dar uma volta, fiquei jogado no aeroporto por muito tempo.
Saímos de casa em direção ao metro. Era uma caminhada curta. Entramos no trem.
- Não vamos pagar? – perguntei.
- Ah, são apenas duas paradas. Precisa não.
Ficava claro que não só na Polônia a galera se fazia de cego. Claro que brasileiro sempre quer tirar vantagem em tudo, e tenho certeza que se o mesmo sistema aplicado na Alemanha, Polônia ou Rep. Tcheca fosse aplicado no Brasil as empresas de transporte público iriam a falência no primeiro mês. Era simplesmente colocar o bilhetinho na máquina e se alguém resolvesse checar você mostraria. Na Rep. Tcheca os homens que faziam o controle só paravam japoneses turistas, e iam de monte em cima da pessoa, tipo 15 contra um ou 2. Na Polônia eles andam em pares, e já vi muita gente conseguir fugir na corrida. Mas na Alemanha o controle parecia ser mínimo. Ao menos não vi ninguém sendo verificado. Essa era a deixa para BR não por o bilhete.
Seguimos para o centro, descemos em Neumarkt ( Novo Mercado) e seguimos com destino à catedral, Döm. Meu primo esperava encontrar com seu irmão, meu outro primo é claro, em meio a bagunça das promoções pós-Natal. Andamos em círculos até recebermos a ligação da mulher do meu primo no 2. Estavam na Zara esperando a gente. Cumprimentos, abraços, matando a saudade da família e tudo mais. Fomos dar uma volta, pois o primo no 2 embarcaria ao Brasil no dia seguinte. A idéia era achar os últimos presentes para que ele levasse. Eu tinha comprado uma camisa da seleção polonesa de futebol para o meu pai, e entregaria, era o suficiente. Já o meu primo no 2 estava catando presente para toda a famíla, e acredite, a famíla é grande.
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Ajudando nas compras no maior estilo "vai lacraia". |
Acabadas as compras, era hora de parar para descansar um pouco. Andamos um bocado durante aquele resto de manhã. Paramos num café e saiu a pergunta:
- Vai querer beber o que, Belino?
Só me vinha a cerveja que os alemães estavam bebendo no trem na cabeça. Mas de barriga vazia é complicado. Precisava ao menos comer algo.
- Um cappuccino e um bolinho cairia bem.
Comi e tomei meu café. Saímos de lá para a catedral de Köln para tirarmos umas fotos. É um lugar realmente fantástico. A estrutura da igreja é linda com seu estilo gótico. Além disso, ela é tão imponente que se pode ver praticamente de qualquer ponto da cidade. É um lugar no mundo que vale a pena se ver. Não vou parar para descrevê-la, pois é algo que descreve-se sozinho com o visual. Claro que na internet você encontra imagens, mas não é a mesma coisa. Tem que ser ao vivo e a cores. Além disso, eu escreverei outros posts futuramente sobre a cidade de forma turística, pois dessa vez era para ver a minha raça e com esse propósito eu escreverei esse post.
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Em frente a catedral, sem fotos do local para vcs =) |
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Coffee Break =) |
Era hora de ir a taverna tomar uma cerveja. Descemos uma rua e demos de cara com um bar que também era uma pequena fábrica. Era hora da cana começar. Haha. A taverna era bem característica, parecia algo tipo aqueles filmes medievais, bem legal o ambiente. Adentramos e arrumamos um lugar. Estava lotado. Era hora da cachaça.
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É cana manolo! |