quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Em Nome do Vício - Final Capenga

O estacionamento era gigante. E estava cheio de áreas onde o gelo imperava. Eu derrapava muito, parecia mais o Michael Jackson, mas fazendo o “moonwalk” para frente. Não deu muito trabalho atravessar aquele treco, digamos que eu tinha o macete. O negócio era entrar no shopping, comprar minha muamba e cair fora dali. Mas você sabe como são as coisas, dinheiro no bolso e shopping são coisas que não combinam.

Entrei no bendito local pelo segundo andar. A primeira coisa que vi foi um supermercado. Como sempre andei com a mochila pensei em comprar alguma coisa para levar para casa. Já que estava na casa dos outros, comendo, dormindo, bebendo e gastando energia tudo na conta da Priceless Girl, fazer umas comprinhas não fariam mal. Eu não tinha aberto a dispensa para ver o que era necessário, mas queijo, presunto, coca-cola... Essas coisas sempre são bem vindas dentro de casa. Eu faria a tal compra após achar o local para comprar o adaptador pro meu vício. Saí da frente do mercado e comecei a caminhar.

Lojas, lojas e mais lojas, mas nada de eletrônicos. Nem mesmo uma loja de videogame achei. Seria possível? Parecia que sim. Dei mais uma volta pelo shopping para ter certeza de que não havia passado sem perceber. A única loja que tinha artigos eletrônicos era uma loja de departamentos, e uma livraria. O bendito adaptador não encontrei em nenhuma das duas. Onde seria essa bendita loja a qual a Priceless Girl se referia? Resolvi então perguntar ao velho guardinha.

Se você já esteve na Polônia alguma vez na vida deve saber que em algumas cidades quase ninguém fala inglês. Era o caso de onde eu estava. Como explicar o que eu queria? Não tinha nem como fazer gesto.

- Eletronics, eletronics...

E o cara me levou para uma loja onde se vendia TVs e geladeiras. Era de se esperar. Eletrodomésticos, eletrônicos... Tudo a mesma coisa. Agradeci e fiquei me perguntando o que fazer. Passando novamente pela praça de alimentação vi a minha solução. Havia uma loja do lado de fora e parecia ser de departamento. Seria ali?

Abri a mochila, tirei o casacão, agasalhei-me todo para encarar o frio novamente e segui para a tal loja. Entrei. Era uma loja de departamentos apenas de eletrônicos, certamente estava no lugar certo. Agora era achar o bagulho em meio a tantos adaptadores. Olhei, olhei e nada. Não achava a porcaria. Tinha adaptador de tudo que era tipo e modelo menos o que eu precisava na estante. O jeito era ir a um atendente e rezar para que ele falasse inglês. Dirigi-me a um senhor que trabalhava na loja e comecei a explicar a situação. Ele entendeu e levou-me para uma outra estante com adaptadores. Estava lá o que eu queria. Restava apenas pagar, passar no mercado, comprar uns bagulhos para comer e voltar para frente da TV iniciando o meu vício.

BR Na Europa!

2 comentários:

  1. Imagino que numa altura dessas vc já não tremia mais de frio e sim pelo vício.
    Isso me fez lembrar daquele trabalho de LT I que a gente "fez" no cafofo, jogando lego star wars hauihauihauia

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  2. quando vai ser o casamento com a Priceless Girl?

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